quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

GOVERNO INCLUI DUAS NOVAS VACINAS NO CALENDÁRIO INFANTIL

Serão introduzidas as vacinas pentavalente e injetável contra poliomielite. Novo calendário passa a valer a partir do segundo semestre deste ano.

O governo federal anunciou, na tarde desta quarta-feira (18), a introdução de duas novas vacinas no calendário básico de vacinação infantil. Serão introduzidas, a partir do segundo semestre, a vacina injetável contra a poliomielite (conhecida como Salk) e a vacina pentavalente, que reúne em uma única dose imunizações contra cinco doenças.

Segundo o Ministério da Saúde, as duas novas vacinas serão utilizadas a partir do mês de agosto. A dose injetável contra a pólio, contudo, será aplicada apenas nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a introdução da vacina injetável contra a pólio, feita com o vírus inativado, reduz riscos de possível contágio pela doença. No ano passado, informou, foram registrados dois casos suspeitos de paralisia supostamente causados pela aplicação da vacina oral (conhecida como Sabin). "Com a aplicação da dose injetável, o risco é quase nulo", afirmou.

Ao todo, serão 8 milhões de doses da nova vacina, que já começaram a ser compradas pelo governo a partir de dezembro de 2011.

Por enquanto, a aplicação da dose injetável não irá retirar do calendário de vacinação as doses orais, já aplicadas nas campanhas de imunização. Segundo o governo, será aplicado um esquema sequencial, com as duas vacinas até que a doença seja totalmente erradicada. A imunização injetável será aplicada aos 2 e aos 4 meses de idade, e a vacina oral será usada nos reforços, aos 6 e aos 15 meses de idade.

"Vamos adotar como uma fase de transição a vacinação combinada", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. "É uma fase de transição porque daqui a 10 anos, ou sabe-se lá quanto tempo for, a pólio for eliminada do mundo, não vai ter mais vacinal oral sendo produzida. E o Brasil está se preparando para isto", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.

Já a vacina pentavalente reunirá em uma única dose imunizações contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza tipo B e hepatite B. Atualmente, a imunização para estas doenças é oferecida em duas vacinas separadas.

Novo calendário
Outra mudança será feita no calendário básico de vacinação a partir do segundo semestre. Antes, a criança precisava ser vacina do nascimento até os seis meses, sem intervalo, e com doses de imunizações diferenciadas contra as doenças. Veja o calendário completo com as mudanças.

Agora, a vacina BCG e contra a Hepatite B será feita ao nascer e depois somente com dois meses, onde receberão a dose da nova vacina pentavalente e da poliomelite inativada.

As outras duas vacinas que antes eram aplicadas aos dois meses - vacina oral Rotavírus Humano e vacina pneumocócida 10 - seguirão mantidas de forma igual no calendário. As segundas doses das vacinas de poliomielite inativada e da pentavalente serão realizadas aos quatro meses.

A vacina pentavalente ainda terá uma terceira dose de aplicação, aos seis meses. Neste período, a criança também receberá a dose da vacina oral contra a poliomelite e a vacina pneumocócica 10.

"Ao fato de estarmos introduzindo a pentavalente reduz uma picada a mais nas crianças, e isto faz com que a nova picada da vacina ativada não seja um esforço a mais na vacinação das nossas crianças", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Gastos em saúde
Alexandre Padilha comentou ainda pesquisa divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que as famílias brasileiras responderam por 56,3% das despesas com consumo final de bens e serviços de saúde no país entre 2007 e 2009. Segundo o ministro, o resultado representa um "desafio" para o governo investir mais.

"É um desafio para o nosso país. Em primeiro lugar para a gente investir mais nas áreas públicas, não só nas ações curativas mas preventivas, para que as famílias possam reduzir seus gastos com saúde. Temos de cada vez mais investir em ações de prevenção e ações curativas que possam reduzir os custos para as famílias brasileiras", afirmou.

Padilha evitou falar dos vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que define os gastos públicos em saúde, conhecida como regulamentação da "Emenda 29" - mudança constitucional aprovada em 2000 que previa os gastos mínimos por parte de União, estados e municípios na área.

Entre os pontos excluídos, um previa que o governo investisse mais caso o Produto Interno Bruto (PIB) fosse revisado para cima. O ministro se limitou a dizer que o governo segue em busca de formas para aumentar os investimentos em saúde.

"O debate sobre financiamento para saúde vai continuar. Como poderemos ter mais recursos para a saúde. O debate continua, assim como o aprimoramento da saúde", afirmou Padilha.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

O uso da internet traz conhecimentos e proporciona muitos benefícios aos usuários, porém há um dado muito preocupante que vem chamando a atenção. Na mesma velocidade com que se criam páginas sobre os mais diversos assuntos, cria-se também uma legião de usuários que procuram sites em busca de diagnósticos e dicas sobre doenças ou até comprando medicamentos pela internet sem receita médica.

Nós sabemos que quando há um problema de saúde, o melhor profissional para tratar do assunto é um médico que investiga os sintomas através de exames e receita medicamentos para o tratamento, portanto, é preocupante que pessoas se abasteçam de informações em sites que por mais que estejam embasados na literatura médica e farmacêutica, não são os locais mais apropriados para diagnosticar ou tratar de uma doença. Existem muitos locais na internet que prestam um bom serviço de utilidade pública, pois divulgam informações relevantes, mas é importante que a pessoa que se utiliza de sites especializados a procura de informações, busquem posteriormente a ajuda de um médico para resolver o seu problema de saúde.

O medicamento sem receituário médico faz mal a saúde e compromete anos de pesquisas, como é o caso do uso indiscriminado de antibióticos que podem fortalecer bactérias tornando o medicamento ineficaz. Produtos fitoterápicos ou os chamados à base de plantas medicinais, embora pareçam inofensivos por trazerem o rótulo de produto natural, também podem causar mal a saúde se o tratamento não tiver acompanhamento médico.
A intoxicação por medicamentos tem preocupado as autoridades de saúde que vêm monitorando os casos que ocorrem, bem como combatendo os falsificadores de medicamentos que atuam por todo país e que vez ou outra acabam estourando em algum escândalo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA exerce um papel importante na normatização, controle e fiscalização dos produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde, conforme Art. 2º Inciso III da Lei nº 9.782/99 que criou a agência. Qualquer medicamento antes de ser comercializado, tem que ser aprovado pela ANVISA, independentemente se o medicamento já exista em outros países, aliás, a importação e exportação de medicamentos passam por rígidos critérios.

A automedicação é cultural no Brasil o que leva o governo através do Ministério da Saúde a fazer várias campanhas de alerta a população para os perigos de tomar medicamentos sem acompanhamento profissional. Os inibidores de apetite, por exemplo, muito procurado por mulheres que desejam perder peso rapidamente, podem ser perigosos causando até dependência física e alterações no comportamento se utilizados por muito tempo, por isso é necessário que haja acompanhamento médico no tratamento para emagrecer. A utilização de medicamentos não deve ter por base a indicação de parentes e amigos, pois um remédio que fez bem a uma pessoa pode fazer mal a outras. A busca pela beleza através dos medicamentos além do custo material pode custar também a vida. Não quer dizer que todo o produto seja perigoso, o perigo é fazer tratamentos de saúde por conta própria.

As caixinhas de medicamentos que as empresas possuem para resolver problemas pontuais na saúde de seus funcionários, também devem ter a supervisão de um médico. Há casos em que esses medicamentos além de não possuírem muito controle, estão a cargo de pessoas que não tem habilidade ou preparação para ministrarem os medicamentos e que nem sequer ficam atentas para a sua validade. Tomar medicamentos vencidos além de não ter a eficácia garantida, prejudica a saúde, portanto, todo o cuidado em se tratando de medicamentos se faz necessário.
Diagnosticar doenças e propor tratamentos são atos médicos e a empresa tem a obrigação de implantar o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Veja o que diz a NR-7:

“7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.”

Levar a sério a questão da saúde é importante, e procurar os meios adequados para tratá-la é uma responsabilidade de cada um, pois não se joga com a saúde nem tão pouco deve entregá-la nas mãos de aventureiros.     
http://www.liveseg.com/intoxicacao_por_medicamentos.html

17 DICAS PRA MELHORAR O SEU LAR E O MEIO AMBIENTE

1 – Embora no Brasil os painéis solares continuem caros, é considera viável a utilização dessa tecnologia. A instalação é fácil e não necessita de mão-de-obra qualificada. Ainda usados, estes painéis continuam tendo um rendimento tão bom quanto novos, ou seja, seria um bom negócio comprar painéis usados pela metade do preço.

2 – Troque as lâmpadas simples (incandescentes) por fluorescentes. Essas últimas usam 70-75% menos energia e duram 10 vezes mais que as incandescentes. Por exemplo, a iluminação de uma lâmpada fluorescente de 26 watt equivale a uma incandescente de 100 watt. A vida útil de uma lâmpada fluorescente dura cerca de 5 a 7 anos e durante esse tempo a economia chega a R$ 120 para cada lâmpada.

3 – Melhorias no telhado. Acredite ou não, pesquisas apontam que a cor e o material usados nos telhados ajudam a diminuir o calor no interior de uma casa. Cores claras ajudam a refletir o calor para fora. Se você está pensando em reformar seu telhado, leve em consideração telhas de cor branca. Isso ajudará a manter sua casa e seu sótão frescos.

4 – Coloque detector de movimento no exterior de sua casa para ativar as luzes que estão do lado de fora. Isso ajudará a economizar energia e aumentará o tempo de vida das lâmpadas.

5 – Não gaste água. Cheque por vazamentos e pingos nas torneiras e conexões. Use água fria para lavar as roupas. Vista mais tempo que o habitual aquela calça jeans que você gosta. Lave sua toalha de banho somente nos finais de semana. No meio da semana você pode secá-la ao invés de lavá-la. Faça da economia de água um assunto familiar: Ensine seus filhos a economizá-la, como por exemplo, desligando a torneira ao escovar os dentes ou tomando um banho rápido, desligando o chuveiro ao esfregar a cabeça.

6 – Instale bocais de sprays nos chuveiros. Isso economizará água , por exemplo, ao lavar a cabeça. Os bocais de sprays são um ótimo investimento, pois estabelece um baixo fluxo de água no banho e é portável, você pode levar a qualquer lugar e é ideal para quem mora em casa alugada.

7 – Empilhe o adubo caseiro em seu quintal. Ache um lugar apropriado para empilhar o adubo. Misture o resto de comida com uma pá toda semana para o adubo dar uma “respirada”. Coloque cascas de ovos, café coado, frutas e verduras podres por cima da terra. Os outros tipos de lixos deverão ficar em lugares apropriados, como reservatórios de reciclagem para os recicláveis, etc.

8 – Se você mora em lugar frio, coloque uma capa de alumínio nas portas. Isso ajudará a reter o calor para dentro da casa.

9 – Limpe os filtros de seu ar condicionado ou recoloque-os regularmente. Um filtro sujo irá atrasar a saída de ar, aumentando o custo na conta de luz. Quando não estiver em casa, ajuste o termostato para temperaturas mais altas ou desligue-o.

10 – Termostatos automáticos ajudam na redução da conta de luz. Estima-se que você poderá economizar até 3% dos gastos a cada grau que você diminuir e 6% para cada grau aumentado.

11 – Se você tiver uma lareira em sua casa, instale portas de vidro no cômodo em que está instalada. O vidro evita para que o calor saia para o lado de fora

12 – Evite deixar os aparelhos eletrodomésticos em stand-by. Mesmo, por exemplo, depois de desligar seu computador desconecte a tomada do plug. Você poderá economizar de 10 a 15%.

13 – Instale mais ventiladores em sua casa. Exaustores (“puxadores de ar”) servem para um propósito muito específico. Nos meses de calor os exaustores podem, indesejadamente, tirar calor e umidade do banheiro ou cozinha. Ventiladores de teto ajudam a reduzir a dependência de ar condicionado durante o verão e podem ser úteis no inverno, transferindo o calor do teto para baixo.

14 – Isole sua casa se você mora em lugares frios. Portas e janelas são as maiores saídas de energia (calor) de sua casa. Instale varradores de ventos e calor ( weather-stripping ) em suas janelas e portas. Quando a falta de calor na casa é detectada, a primeira coisa que devemos verificar são as portas e janelas.

15 – Viva o código dos 3 R´s. Recuse, reuse e recicle. Esteja com essas 3 coisas em mente para quando for comprar ou descartar algo.

16 – Leve em consideração a cor da tinta das janelas. Cores escuras ajudam a reter o calor (bom para o inverno) e cores claras refletem a luz, “espalhando” o calor (bom para o verão).

17 – Use roupas claras no verão, elas podem evitar em 99% os efeitos dos raios ultravioletas. Então, o que está esperando? Deixe o Sol entrar!

ANVISA ANUNCIA RECOLHIMENTO DE MEDICAMENTO

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, nesta segunda-feira (16/1), no Diário Oficial da União (DOU), o recolhimento voluntário do medicamento Complevitan .

A empresa Bunker Indústria Farmacêutica Ltda, fabricante do produto, fará o recolhimento de todos os lotes do medicamento. A medida é necessária devido ao indeferimento da renovação do registro do medicamento pela Anvisa. O produto não deve ser consumido ou comercializado.
http://portal.anvisa.gov.br/

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

NOTA À SOCIEDADE - PRÓTESES MAMÁRIAS

O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária em conjunto com as Sociedades Médicas de Especialistas: Sociedade Brasileira de Mastologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Conselho Federal de Medicina, bem como o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor/Ministério da Justiça, a partir das ações sanitárias realizadas pela Anvisa, dentre elas a suspensão da importação, comercialização e posteriormente o cancelamento do registro das próteses mamárias das marcas PIP e Rofil, e da necessidade de avaliação e acompanhamento das pessoas que receberam este tipo de implante, passam a informar:

1. Os portadores de próteses (PIP e Rofil) desde 2004, serão chamados para avaliação clínica nos serviços de saúde;

2. Serão elaboradas diretrizes de avaliação, diagnóstico, conduta e acompanhamento em conjunto com as sociedades médicas e Ministério da Saúde, divulgadas oportunamente;

3. O tratamento cirúrgico de substituição das próteses identificado mediante as diretrizes supracitadas será considerado reparador;

4. Até o momento, não há evidências que justifiquem a remoção e substituição preventiva das próteses em questão;

5. A qualquer tempo que sejam diagnosticadas alterações clínicas ou ruptura da prótese, o tratamento cirúrgico será de caráter reparador;

6. Os eventos adversos devem ser notificados à Anvisa, através do site www.anvisa.gov.br;

7. Serão realizadas reuniões periódicas deste fórum, para o acompanhamento das ações definidas nesta reunião, o que possibilitará a revisão das decisões e novas orientações.

Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor – MJ
Conselho Federal de Medicina
Sociedade Brasileira de Mastologia
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Brasília, 11 de janeiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PRÓTESES MAMÁRIAS

INFORME SOBRE A REUNIÃO ENTRE A ANVISA E AGÊNCIA FRANCESA
Todos os documentos referentes ao processo relacionado às próteses mamárias da marca francesa Poly Implant Prothese (PIP) correm em segredo de Justiça, assim como os laudos laboratoriais. A informação foi dada, na quinta-feira (05/01), à Anvisa por Caroline Laborde, responsável pela área de  Cooperação Internacional e Europeia do setor de Relações Internacionais e Europeia da Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Produtos de Saúde (AFSSAPS). Técnicos da Anvisa participaram pela manhã de uma audioconferência sobre os procedimentos adotados pela França em relação a prótese mamária PIP.
Nesta reunião, a agência francesa informou que, ainda na quinta-feira (05/01), o Ministério da Saúde da França promoverá um encontro com especialistas do setor Saúde para aprofundar a discussão sobre o tema. O resultado da reunião será divulgado por meio de comunicado à imprensa disponível no endereço eletrônico www.sante.gouv.fr
A Anvisa confirmou com a representante da AFSSAPS que a investigação realizada na França, a partir de 2008, apontou que as próteses da marca PIP E estavam adulteradas e, em março de 2010, determinou o fechamento da fábrica. No Brasil, as próteses foram suspensas no dia primeiro de abril do mesmo ano e tiveram seu registro cancelado no dia 30 de dezembro de 2011, com publicação do ato no Diário Oficial da União em 2 de janeiro de 2012.
De acordo com testes realizados pela agência francesa, as próteses eram preenchidas com material diferente daquele que havia sido registrado para uso em produto para a saúde. A agência identificou cinco tipos de óleos utilizados nas próteses. Entretanto, a agência francesa não atribui às próteses PIP uma possível maior incidência de câncer entre as usuárias e descarta a possibilidade de toxicidade do material, mas alerta para a irritabilidade provocada pelo vazamento do material. Este é o fundamento da orientação de promover o explante preventivo de todas as próteses. Esta decisão francesa não foi seguida por nenhum outro país. Austrália e Inglaterra divulgaram notas indicando que o risco potencial não justifica uma nova cirurgia.
A agência francesa informou também que em reunião realizada no último dia 21 de dezembro com representantes do setor Saúde da Comunidade Européia não houve um consenso em relação às recomendações para as usuárias das próteses PIP. A França recomendou a retirada das próteses, no entanto, a Inglaterra, por exemplo, informou que a marca PIP não representa risco maior de ruptura ou de evento adverso do que qualquer outra marca de prótese mamária.  O Brasil mantém a recomendação de que as mulheres que implantaram a marca PIP procurem seus médicos ou serviço de saúde para uma avaliação caso a caso.
As próteses da marca PIP, importadas no Brasil pela empresa, EMI, com sede no Paraná, serão descartadas. As vigilâncias Sanitárias nos estados e municípios serão encarregadas de recolher o produto e proceder ao descarte em incinerador apropriado.
A Anvisa providenciará a análise laboratorial de amostras do produto para qualificar o gel de silicone utilizado no preenchimento das próteses, já que o laudo da agência francesa está em poder da Justiça e o processo corre em sigilo. O exame será feito por laboratórios federais e privados.
A Anvisa informa ainda que até a presente data não recebeu informes sobre as próteses da marca PIP em seu sistema de notificações Notivisa. E confirma, conforme já anunciado, ter recebido algumas notificações. Na Ouvidoria, das notificações já analisadas, em 2010, logo após a suspensão do uso da marca PIP, foram cinco casos. Em 2011, 7 casos, sendo um em abril, um em maio e cinco entre os dias 24 de dezembro e 30 de dezembro. Todas as notificações receberam orientação da Anvisa. As últimas notificações enviadas, durante o recesso de final de ano, foram informadas de que receberão resposta em até 15 dias úteis.
Ao todo, o Brasil importou 34.631 unidades da marca PIP, das quais 24.534 foram comercializadas. As outras 10.097 próteses serão recolhidas e descartadas.

Perguntas frequentes
As próteses mamárias da empresa EMI  foram proibidas pela Anvisa? Quando a proibição foi publicada no DOU?
A importação, distribuição, comércio e utilização das próteses mamárias da empresa  EMI Importação e Distribuição LTDA foram proibidas a partir de 1 de abril de 2010, por meio da RE  1558/2010.

Qual a orientação da Anvisa para as pessoas que implantaram essas próteses mamárias?
As mulheres que possuem o implante devem procurar seu médico para fazer avaliação da próteses e situação clínica de sua situação clínica, se já não o fizeram por conta de seu acompanhamento regular.

A rede pública é obrigada a atender os pacientes que tiverem reações adversas ocasionadas pelos implantes?
As pacientes devem procurar o serviço onde foi feita a cirurgia do implante. Este é responsável pelo acompanhamento, avaliação dos pacientes e orientações e encaminhamentos quando necessário com a identificação dos implantes. Quanto aos procedimentos corretivos acompanhamento e possível nova cirurgia devem ser avaliados caso a caso e primeiramente pelo profissional que realizou a cirurgia. . Toda prótese como um elemento estranho ao corpo sofre um processo de envelhecimento e desgaste normal. No caso das próteses de mama a duração estimada é de 10 anos.  

As consumidoras desses produtos cancelados pela Anvisa têm direito ao  ressarcimento? Quem deve ser responsabilizado pelas complicações?
O cancelamento se deu devido a uma alteração de parte da matéria-prima utilizada no produto. Não foi determinado ainda se há algum risco aumentado relacionado a essa mudança. As consumidoras devem acompanhar com seu médico a situação das próteses pelo menos com uma avaliação anual.  Se houver algum desgaste prematuro ou sintoma que indique problemas nas próteses  deve ser avaliado.

Como saber se as próteses mamárias já implantadas na paciente são da empresa EMI Importação e Distribuição LTDA?
O usuário do serviço obtém a informação através da nota fiscal de compra do produto, do cartão fornecido pelo hospital ou clínica ou do prontuário médico, que encontra-se no serviço de saúde onde foi realizado o procedimento cirúrgico.
http://portal.anvisa.gov.br/