quinta-feira, 15 de setembro de 2011

INSTRUÇÕES PARA LIMPEZA DA LAMA RESIDUAL DAS ENCHENTES

A lama das enchentes tem alto poder infectante e fica aderida aos móveis, paredes, fios e tomadas elétricas, assoalhos, etc. Recomenda-se:
- desligar a rede elétrica, limpar as tomadas e conexões;

- aguardar a secagem antes de religar a energia elétrica;

- tirar a lama com enxadas, pás, baldes (sempre protegendo-se com luvas e botas de borracha para evitar agravos a saúde humana como leptospirose);

- lavar e limpar o local utilizando água, panos e sabão;

- desinfetar com uma solução de água sanitária na proporção de 4 copinhos pequenos descartáveis (para café) de água sanitária em um balde de 10 litros de água.

- passar um pano embebido na solução acima, em paredes, pisos, teto, azulejos, móveis e utensílios;

- para higienização do ambiente externo – espalhar cal hidratada;

- organize o lixo em local apropriado para posterior coleta por parte do poder público.

CUIDADOS COM DOENÇAS:
- O período de incubação da leptospirose, transmitida por roedores domésticos, vai de um a 30 dias após o contato com o agente infeccioso, e os sintomas variam desde febre alta, dor de cabeça e dores musculares, até quadros mais graves, insuficiência renal, hemorragias e alterações neurológicas que podem levar à morte. Apresentando alguns desses sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima.

ATENÇÃO AOS ANIMAIS PEÇONHENTOS:
- Na limpeza de entulhos e do lixo doméstico, é preciso tomar cuidado com animais peçonhentos como aranha, cobras e escorpiões que com a enchente são desalojados de seu habitat.

- Ao voltar para casa, deve-se sacudir roupas, sapatos, roupas de camas antes de utilizá-los.

- Até a limpeza total da região, não ande descalço. Tape buraco nos assoalhos. Mantenha os arredores da casa limpos. Não coloque as mãos em buracos ou tocas.

- Em caso de picadas, a vítima deve aguardar por socorro deitada, para diminuir a absorção do veneno, Não tente chupar o veneno para extrai-lo do corpo nem amarre o lugar afetado. Procure ajuda profissional imediatamente.
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TRABALHADORES RURAIS APOIAM RETIRADA DE AGROTÓXICO DO MERCADO NACIONAL

Reunião em 9 de setembro de 2011

Garantir a retirada do agrotóxico metamidofós do mercado brasileiro até 30 de junho de 2012. Essa foi uma das reivindicações feitas por representantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em reunião realizada na sede da Agência, na sexta-feira (9/9), em Brasília (DF).
Em janeiro deste ano, a Anvisa publicou resolução  que determina a retirada programada do agrotóxico metamidofós do mercado nacional. Entretanto, a empresa Fersol S/A conseguiu decisão judicial para continuar a produzir o produto.
“Não abrimos mão da nossa decisão, que foi aceita por todas as empresas e  muito elogiada fora do Brasil. Só uma empresa entrou na justiça para impedir o cumprimento da norma”, afirmou o  diretor da Agência,  Agenor Álvares.  A decisão da Agência foi baseada em estudos toxicológicos que apontaram o referido produto como responsável por prejuízos ao desenvolvimento embriofetal e por causar toxicidade sobre os sistemas endócrino e reprodutor.
O metamidofós já teve o uso banido em países como China, Paquistão, Indonésia, Japão, Costa do Marfim,  Samoa e no bloco de países da Comunidade Europeia. O produto também encontra-se em processo de retirada do mercado norte-americano.
Reivindicações
Durante a reunião, os trabalhadores rurais também solicitaram a capacitação de profissionais de saúde para identificar e notificar os casos de intoxicação por agrotóxicos e a criação de um cadastro nacional de casos de envenenamento por agrotóxicos e pesticidas. De acordo com o MLST, só em 2009, foram identificados mais de 5,2 mil casos de intoxicação por esse tipo de produto, com 170 mortes.
Outros pontos colocados pelo movimento foram: a necessidade de revisão toxicológica imediata de todos os agrotóxicos comercializados no país e a reavaliação obrigatória da segurança de uso desses produtos a cada cinco anos. “Estamos trabalhando em âmbito nacional a necessidade de estimular um modo de produção focado na agroecologia”, disse a representante do MLST, Vânia Araújo.
Para o diretor-presidente da Agência, Dirceu Barbano, as propostas apresentadas pelos trabalhadores estão dentro da agenda de discussões da Anvisa sobre o tema. “Estamos empenhados no trabalho com essa agenda e vamos avançar no sentido de criar um grupo que possa discutir assuntos relacionados a instrumentos de amparo e capacitação para os pequenos produtores”, afirmou o diretor-presidente da Anvisa.
Já o diretor da Anvisa, Agenor Álvares, manifestou preocupação com as condições dos pequenos produtores na aplicação dos agrotóxicos. “É o trabalhador rural que fica sacrificado, com a manipulação de agrotóxicos sem qualquer tipo de informação e, muitas vezes, sem fazer uso dos equipamentos de proteção individual”, expôs Álvares.
Os problemas enfrentados pela agricultura familiar também foram lembrados por Álvares. “Quem produz em larga escala não observa os padrões de distância e as próprias condições de meio ambiente carregam resíduos de agrotóxicos para dentro das propriedades de agricultura familiar”, explicou o diretor da Agência.
MLST
O MLST chegou em Brasília no último dia 5  de setembro com mais de 1,2 mil trabalhadores rurais, vindos de dez estados da federação. Os trabalhadores participaram da Marcha Nacional pela Reforma Agrária do Século XXI, com o lema: “Aperte a mão de quem o alimenta”, e percorreram mais de 250 km a pé.
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GRUPO VAI ACOMPANHAR TRABALHO PARA COPA E OLIMPÍADA

A Anvisa publicou na sexta-feira (19/8) a portaria 1.201/11 com a criação do Grupo de Trabalho para organizar as ações de vigilância sanitária relativos a Eventos em Massa. O objetivo é preparar os projetos específicos para a prevenção de riscos e organização da vigilância sanitária para a Copa do Mundo de 2014, Olimpíada de 2016 e outros grande eventos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), eventos de massa são atividades que por um motivo comum reúnam um elevado número de pessoas vindas de várias partes do país ou do mundo. Um dos trabalhos do grupo será o de identificar atividades específicas para estes eventos e propor estruturas para acompanhar as atividades de vigilância sanitária.
Com o grande número de participantes envolvidos nestes eventos, as atividades de prevenção são essenciais para evitar transtornos à saúde pública. O grupo formado pela Anvisa envolve as áreas de Alimentos, Serviços de Saúde, Laboratório Públicos, Sangue, Inspeção de Medicamentos, Comunicação, Descentralização do SUS, e Portos Aeroportos e Fronteiras.
No âmbito federal, a Câmara Temática da Saúde, coordenada pelo Ministério da Saúde, está conduzindo a preparação da área para estes grande eventos.
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ANTIRETROVIRAL COM INDICAÇÃO INFANTIL CHEGA AO SUS

Um novo medicamento para o tratamento de crianças com a Aids começa a chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir dos próximos dias. O Tipranavir foi incluído pelo Ministério da Saúde no esquema terapêutico para o tratamento de adolescentes e crianças. O novo medicamento foi registrado pela Anvisa em 2009 e a análise do produto durou cerca de um ano.
No SUS, a droga será uma opção mais confortável e de terceira linha, ou seja, utilizada para tratar o vírus resistentes às drogas de primeira linha utilizadas de forma mais usual e no início do tratamento. O Tipranavir é também o primeiro medicamento de resgate para criança com menos de seis anos de idade. Medicamento de resgate é aquele que auxilia quando não há resposta ao tratamento pela terapêutica convencional ou há falha na terapia.
De acordo com a indicação aprovada para o Tipranavir , o medicamento é indicado, em associação ao Ritonavir, para o tratamento de pacientes a partir dos dois anos de idade infectados pelo vírus HIV-1, que tenham sido previamente tratados com outros anti-retrovirais e portadores de infecção por cepas de HIV-1 mais resistentes . Pelo fato de apresentar um perfil especial de uso (pacientes com resistência prévia),  o Tipranavir deverá ser utilizado com cautela e a critério do médico.
Os médicos e os farmacêuticos dos serviços de saúde especializados em HIV/Aids receberam nota técnica do Ministério da Saúde sobre o tema. O documento traz informações de prazos de armazenamento e de realização de testes de genotipagem para verificar a resistência do HIV e as indicações de uso desses medicamentos no Brasil, para que o médico prescreva a melhor combinação de antirretrovirais para o paciente.
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