segunda-feira, 24 de outubro de 2011

POLUIÇÃO DO AR

A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todos os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo.

Geração da poluição 
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo (gasolina e diesel). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.

Problemas gerados pela poluição 
Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega. 
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais frequência.

Soluções e desafios
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.
http://www.suapesquisa.com/poluicaodoar/

HIGIENE DOS ALIMENTOS

Ao final de uma vida inteira, um homem normal terá consumido cerca de cinquenta toneladas de alimento, o que garantiu a esse indivíduo sua longevidade. No entanto, essa longevidade só acontece de fato se os cuidados básicos foram tomados para que os alimentos atuem de fato como combustível para o organismo, e não como portadores de doenças. As possibilidades de se contrair uma doença, muitas vezes fatal, são mais concretas do que supomos e, para que isso não ocorra, os alimentos devem ser preparados com higiene. Veja neste artigo algumas dicas de como alimentar-se bem.

Os Cuidados na Compra
Alimentos são fontes de proteína, vitamina e sais minerais, e são profundamente necessários à vida, diz a nutricionista Carla Goulart. Mas eles podem se transformar em pesadelo se, a partir da hora da compra, não forem escolhidos com cuidado.
Nas feiras e varejões - Frutas, legumes e verduras adquiridos nas feiras e varejões ficam expostos ao ar livre durante várias horas. Isto quer dizer que eles sofrem a ação do tempo, do clima, mas sobretudo da manipulação do feirante e dos fregueses, além de exposição à saliva, insetos, ao toque das mãos que, ao mesmo tempo, contam dinheiro.

Esses alimentos, ao chegarem em casa, devem ser muito bem lavados, principalmente as folhas. Estudos da FDA (Food and Drug Administration) mostram que os produtos hortifrutigranjeiros também sofrem a ação de pesticidas. Este fato estimula que os alimentos sejam lavados em água corrente, descascados e cozidos, para se eliminar o mais possível pesticidas, bactérias e outros elementos.
Mais atenção devem receber as carnes de frango ou peixe, que se deterioram com maior facilidade e que ficam expostos na feira. Os primeiros cuidados na hora da compra, antes mesmo da higiene dos alimentos, devem se concentrar no estado geral do alimento a ser adquirido. Se houver sinais de deterioração, por mínimos que sejam, não devem ser consumidos.

Os Cuidados na Armazenagem
As dependências onde se guardam alimentos, quer sejam refrigeradas ou não, devem ser limpas no mínimo duas vezes por semana, diz a nutricionista, quando não é possível fazê-lo todos os dias. Na geladeira, todos os alimentos devem ser conservados tampados, e periodicamente deve-se retirar dali alimentos velhos, se houver.
A despensa deve ser totalmente esvaziada e limpa com pano úmido, detergente e álcool, em seguida com um pano seco. Sendo um lugar quente, é o ninho preferido de insetos como as baratas, tão comuns nas regiões quentes.

Os prazos de validade dos alimentos, especialmente grãos e farinhas, devem ser cuidadosamente observados. Caso seja constatada a presença de carunchos, todo o conteúdo deve ser eliminado para que estes não se proliferem, passando para os demais alimentos.
E ainda, os alimentos cujos lacres já foram abertos devem ser mantidos fechados, pois o contato com ar acelera o envelhecimento. Ao serem usadas as farinhas, cuidados para não introduzir em seu recipiente colheres usadas em outros ingredientes ou sem a devida higiene. Não introduzir as mãos, ainda que elas sejam bem lavadas, nos recipientes dos alimentos.

Os Cuidados na Manipulação
Água corrente ainda é a melhor arma da higienização nos alimentos, lembra a nutricionista. No entanto, se a própria água não tiver condições salubres suficientes, ela deve ser fervida ou tratada. As mãos e braços devem ser limpos e deve-se evitar conversar sobre os alimentos que estão sendo preparados, para que o perdigoto (saliva) não caia sobre eles.

Os Cuidados na Cozinha
Alguns alimentos atraem moscas, formigas e outros insetos. Evitar o uso de aerossóis e inseticidas na cozinha, usando, ao invés disto, mata-moscas manuais, cobrindo os alimentos e tampando bem as panelas. Também os animais domésticos, especialmente cães e gatos, devem ser mantidos longe da cozinha, não só pelo contato direto com os alimentos mas também devido ao risco maior de parasitoses. Pessoas que acabaram de cuidar de um animal devem lavar muito bem as mãos, e não tocar em seguida os alimentos.
Ao manipular qualquer alimento da despensa, para evitar distrações e também por precaução com as crianças, qualquer produto de despensa que não seja alimentício deve ser mantido em outro local. Atenção principalmente a desinfetantes, remédios e outros químicos, que devem ser conservados em áreas longe dos alimentos.

Prevenindo Doenças
As manifestações mais comuns relacionadas com a inadequada manipulação dos alimentos, sem higiene, são vômitos, diarréias, febres, além de infecções. Em alguns casos, diz a FDA, as infecções gastrointestinais são controladas por soros industrializados ou caseiros, mas outros casos podem evoluir para sintomas que não podem ser controlados em casa, sendo necessária a internação.
Uma das infecções mais conhecidas é a Salmonelose, que é contraída a partir de ovos crus. Para reduzir o risco de infecção por Salmonela, eis alguns cuidados:
- Manter os ovos refrigerados, descartando ovos rachados ou sujos.
- Limpar bem as cascas do ovo, colocando-o em água corrente, antes de usá-los.
- Preferencialmente, usar ovos cozidos e servi-los logo após o preparo.

Direitos de Consumidor
É direito do consumidor conhecer as dependências de um restaurante onde os alimentos são preparados. Os bons restaurantes sabem disto e mantém a cozinha de alguma forma transparente ou visível para o consumidor, ou recebem de bom grado um pedido dos clientes para visitarem a cozinha.
Também é direito do consumidor procurar e receber ajuda, instrução e orientações dos órgãos da Vigilância Sanitária, Postos de Saúde e Procon (defesa do consumidor) sempre que ele encontre nos produtos que consome algum problema referente inclusive à higiene.

Para a correta manipulação dos alimentos, é necessário que suas condições de embalagem e armazenamento nos postos de venda sejam adequadas. Todo consumidor tem direito a reclamar, nos postos de venda ou direto com o fabricante, caso encontre alimentos em mau estado.
Caso o consumidor constate que o alimento não está em condições de ser consumido, deve imediatamente lacrar o alimento e mantê-lo no congelador, ligando então para o fabricante, que virá substituí-lo. A simples substituição do alimento, porém, é insuficiente como resposta ao consumidor. Este tem direito a saber porque aquele alimento se deteriorou, para poder decidir se continua ou não adquirindo o produto.

É muito comum - inclusive nos bons supermercados - nos países quentes as geladeiras e freezers industriais são desligados à noite, com o objetivo de poupar energia. Esse processo de resfriamento e aquecimento dos produtos faz com que eles se estraguem, muitas vezes se constatando o estrago depois que já estão de posse do consumidor.
Em alguns casos, cabe ao consumidor solicitar uma análise do alimento, feita sem ônus para ele, através da Vigilância Sanitária.
Fonte: Organização Pan-americana de Saúde (OPS/OMS)
FAO - Org. Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
Carla Goulart, nutricionista da Fusame – SP
http://boasaude.uol.com.br/

FIXADORES DE CABELOS – COSMÉTICOS INFANTIS PARTE 4

Os fixadores de cabelo infantis podem ser coloridos, perfumados, ter fotoprotetor e efeito luminoso. No ato do registro, devem ser apresentados testes que comprovem a sua segurança. São indicados para crianças a partir de três anos de idade e devem ser aplicados exclusivamente por um adulto.

EMBALAGENS

As embalagens de cosméticos infantis devem apresentar siste­mas e válvulas de dosagem que permitam a liberação de peque­nas quantidades do produto e não devem ter pontas cortantes ou pe­rigosas. Além disso, elas devem ser isentas de substâncias tóxicas e não podem ser apresentadas na forma de aerosol.

Atenção: Os pais devem supervisionar o uso de produtos cos­méticos pelas crianças. Caso surjam coceiras, irritações ou aler­gias, suspenda o uso do produto e procure orientação médica.
www.anvisa.gov.br

AS CORES DOS CAPACETES DE SEGURANÇA

 A escolha da cor do capacete que os funcionários utilizam é uma conveniência da empresa - assunto dos responsáveis para cuidar da identidade visual para evidenciar o senso organizacional da companhia.

Quem já atuou no setor da Construção Civil pode observar que o capacete é um dos equipamentos de segurança mais comuns e coloridos no ambiente de trabalho – isso é feito para diferenciar setores, chefias, operários, estagiários e visitantes.

O capacete é representativo para a Segurança do Trabalho.

Pelo preço de alguns modelos nas lojas especializadas, é difícil um técnico que não possua um capacete na sua própria casa.

E NÃO ESQUEÇA, O USO DE CAPACETE É INDISPENSÁVEL PARA A SEGURANÇA DO TRABALHADOR   
http://www.liveseg.com/rapidas/as_cores_dos_capacetes_de_seguranca.html

VOCÊ SÁBIA...

...Que remédio e medicamento não são a mesma coisa?
Remédio: provém do latim remedium, aquilo que cura. Compreende tudo que é empregado para a cura de uma doença, inclusive o medicamento. Ex.: Exercícios físicos, repouso, fisioterapia... Podem ser remédios, porém não são medicamentos.

Medicamento: provém do latim medicamentum, que significa cuidar de, tratar, proteger. São substâncias ou preparações que se utilizam como remédio, elaborados em farmácias ou
indústria farmacêutica que atendem especificações técnicas e legais.

...Que as faixas coloridas nas caixas servem para identificar ou classificar os medicamentos quanto ao grau de risco que eles têm?
Os medicamentos que têm a faixa preta somente podem ser vendidos com prescrição médica, pois podem causar dependência física ou psíquica.

Os medicamentos que têm a faixa vermelha somente podem ser vendidos sob prescrição médica. Todos eles possuem contra-indicações ou efeitos colaterais e podem causar alergias
ou agravos à saúde se mal utilizados. Além disso, alguns deles também podem causar dependência física ou psíquica.

A faixa amarela designa o Medicamento Genérico, que leva uma grande letra G sobre a faixa e o texto “Medicamento Genérico” escrito em azul.

Medicamentos sem as faixas na embalagem podem ser adquiridos sem receita médica. Mas isso estritamente quando necessário, de forma segura e responsável, evitando possíveis riscos da automedicação.

...Que as farmácias e drogarias são obrigadas pela lei a manter uma lista dos medicamentos genéricos que são vendidos, em local que todos possam ver, acompanhada do nome dos medicamentos de referência (ou de marca) a que eles correspondem, que deve ser atualizada todo mês?

...Que partir comprimidos ao meio para dividir a dose, abrir cápsulas, interromper o tratamento por conta própria pode comprometer a eficácia dos medicamentos e favorecer o retorno da doença?

...Que mesmo que indicados por amigos ou parentes, você não deve utilizar medicamentos sem orientação médica?
Cada organismo é único e exige indicações e doses de medicamentos apropriadas.

...Que as plantas medicinais, medicamentos homeopáticos e fitoterápicos também provocam efeitos indesejáveis e apresentam contraindicações?
Além disso, você sabia que eles podem ainda prejudicar a ação de outros medicamentos? Assim, todos os remédios devem ser tomados sob orientação do médico ou farmacêutico.

...Que em todas as farmácias e drogarias brasileiras, durante todo o período de funcionamento dos estabelecimentos, é obrigatória a presença do Farmacêutico?

...Que existe um regulamento específico que estabelece normas para a veiculação da propaganda de medicamentos?
É a Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC) n.º 102/2000.
Conheça mais:http://www.anvisa.gov.br/propaganda/legis.htm#

...Que a Constituição Federal de 1988 traz, no seu artigo 220, a garantia do estabelecimento de meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde ou ao meio ambiente? E que este é o mesmo artigo que fala sobre a liberdade de pensamento, criação, expressão e a informação, sob qualquer forma?
Conheça mais: Artigo 220, Capítulo V (DA COMUNICAÇÃO SOCIAL) da Constituição Federal de 1988 - http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/const/
www.anvisa.gov.br

ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS GANHAM NOVAS REGRAS

As fórmulas infantis, que são destinadas à alimentação de lactentes e crianças na primeira infância, terão regras mais específicas. Na quarta-feira (21/9), a Anvisa publicou quatro resoluções no Diário Oficial da União (DOU) que atualizam as normas brasileiras para a fabricação destas fórmulas.
As normas publicadas referem-se às características de identidade e qualidade destes produtos e são resultado do processo de revisão técnica dos critérios de composição, incluindo limites mínimos e máximos das vitaminas e minerais permitidos nas formulações infantis.
A primeira norma refere-se às fórmulas infantis para lactentes, produtos destinados às crianças de zero a seis meses de idade e que têm como objetivo satisfazer as necessidades nutricionais dos lactentes sadios durante os primeiros seis meses de vida.
A segunda resolução é específica para as fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância, ou seja, um produto destinado aos  bebês de seis meses até três anos de idade.
Por último, também foram definidas regras específicas e mais atuais para as fórmulas infantis para lactentes e crianças de primeira infância que possuem necessidades dietoterápicas específicas, ou seja, têm restrições alimentares especiais como alergia à proteína ou ainda a intolerância à lactose. É importante destacar que as fórmulas infantis não substituem o leite materno e, portanto, só devem ser utilizadas na alimentação de crianças menores de um ano de idade, com indicação expressa de médico ou nutricionista.
Uma das principais mudanças é o estabelecimento de limites máximos para todas as vitaminas e minerais permitidos nestes tipos de alimentos, pois nem todos esses nutrientes possuíam limites máximos definidos pela norma anterior. Determinadas substâncias também estão vedadas para utilização em fórmulas infantis como, por exemplo, a gordura hidrogenada e o mel, que não deve se ingerido por crianças com menos de um ano de idade.
A quarta norma publicada nesta quinta-feira trata do uso de aditivos e coadjuvantes nas fórmulas infantis. A resolução traz uma lista dos aditivos que podem ser utilizados em fórmulas infantis por apresentarem segurança comprovada para este tipo de público. Os aditivos e coadjuvantes de tecnologia são necessários para a elaboração de alguns produtos, de acordo com o processo de fabricação.
A publicação das resoluções é resultado da revisão da Portaria SVS/MS nº 977/98. O documento foi baseado nas novas referências utilizadas em todo o mundo para este tipo de produto e na atualização das normas do Codex Alimentarius, programa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e da Organização Mundial de Saúde (FAO/ONU).
As resoluções também estabelecem novas frases de advertência para os rótulos de alimentos. Nos produtos para lactentes com presença de probióticos, por exemplo, deve constar: “Este produto contém probióticos e não deve ser consumido por lactentes prematuros, imunocomprometidos (com deficiências no sistema imunológico) ou com doenças do coração". Para se adequarem às regras sobre as fórmulas infantis, os fabricantes terão o prazo de 18 meses. Já para se adequarem à norma sobre aditivos e coadjuvantes, os fabricantes possuem o prazo de 180 dias.
http://portal.anvisa.gov.br

AGROTÓXICOS NO BRASIL – SAÚDE DO TRABALHADOR

 
No Brasil, o Decreto Federal nº 4.074 de 04 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de 1989, em seu Artigo 1º, Inciso IV, define o termo agrotóxico como:

Agrotóxicos e afins – produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.
Ou seja: são substâncias utilizadas para combater as pragas (como insetos, larvas, fungos, carrapatos) e controlar o crescimento de vegetação, entre outras funções.

O termo agrotóxico, ao invés de defensivo agrícola, passou a ser utilizado no Brasil a partir da Constituição Federal de 1988 (publicada em 1989), sendo esta modificação fruto de grande mobilização da sociedade civil organizada. Mais do que uma simples mudança de terminologia, este termo coloca em evidência a toxicidade desses produtos para o meio ambiente e para a saúde humana (FUNASA, 1998).
Os agrotóxicos possuem ainda diversas denominações genéricas, como “pesticidas”, “praguicidas”, “remédios de planta” e “veneno” (Peres et al, 2003).

Usos mais frequentes:
A maior utilização dos agrotóxicos é na agricultura. São também utilizados na saúde pública (controle de vetores), no tratamento de madeira, no armazenamento de grãos e sementes, na produção de flores, no combate a piolhos e outros parasitas no homem e na pecuária (SVS, 1997).
O Brasil está entre os principais consumidores mundiais de agrotóxicos. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Defensivos Agrícolas - SINDAG, em 2001 o país consumiu 328 413 toneladas de produtos formulados, correspondendo a 151 523 toneladas de ingredientes ativos. Desta forma, o Brasil aparece em 7º lugar no ranking dos dez principais países consumidores, que representam 70% do mercado mundial de agrotóxicos (ANVISA, 2003).

Principais grupos expostos:
Uma das principais formas de exposição a estas substâncias ocorre no trabalho. Entre os grupos de profissionais que têm contato com os agrotóxicos, destacam-se (FUNASA, 1998):
  • trabalhadores da agricultura e pecuária;
  • trabalhadores de saúde pública;
  • trabalhadores de firmas desinsetizadoras;
  • trabalhadores de transporte e comércio dos agrotóxicos;
  • trabalhadores de indústrias de formulação de agrotóxicos.

Vale aqui um destaque para os grupos de agricultores. Nestes, a exposição aos agrotóxicos pode ocorrer de diversas formas, desde a manipulação direta (preparo das “caldas”, aplicação dos produtos) ou através de armazenamento inadequado, do reaproveitamento das embalagens, da contaminação da água, do contato com roupas contaminadas, etc (Garcia & Almeida, 1991; Meyer et al, 2003).
Assim, além da exposição ocupacional, outros grupos populacionais têm risco aumentado de intoxicação. Merecem destaque os familiares dos agricultores e os vizinhos de locais onde o agrotóxico é aplicado. Além disso, toda a população tem a possibilidade de sofrer intoxicação, através da ingestão de água e alimentos contaminados, da utilização de domissanitários, etc.
Ou seja: os efeitos nocivos dos agrotóxicos sobre a saúde não dizem respeito somente
aos trabalhadores, mas à população em geral.

Toxicidade dos agrotóxicos:
Os agrotóxicos podem ser absorvidos através das vias dérmica, gastrointestinal e respiratória, podendo determinar quadros de intoxicação aguda, subaguda e crônica.
Na intoxicação aguda, os sintomas surgem rapidamente, algumas horas após a exposição excessiva e por curto período aos produtos tóxicos. Os sinais e sintomas clínico-laboratoriais são mais facilmente reconhecidos, o diagnóstico é mais simples de ser estabelecido e o tratamento melhor definido. Pode ocorrer de forma leve, moderada ou grave, dependendo da quantidade do agrotóxico absorvido pelo organismo.
Na intoxicação crônica, o surgimento dos sintomas é tardio, podendo levar meses ou anos. Essa forma de intoxicação caracteriza- se por pequenas ou moderadas exposições a um ou a múltiplos produtos, acarretando por vezes danos irreversíveis, como paralisias e neoplasias (FUNASA, 1998).

Importante: Muitos sinais e sintomas de intoxicação por agrotóxicos podem ser confundidos com outros problemas de saúde. Assim, a melhor forma para que o profissional de saúde possa concluir um diagnóstico correto de intoxicação por agrotóxico é estar atento para o problema e fazer um histórico ocupacional e ambiental com todos os pacientes que apresentarem sinais e sintomas sugestivos.

Agrotóxicos e câncer:
O câncer é uma doença que, em geral, demanda longo tempo entre a exposição ao agente cancerígeno e o início dos sintomas clínicos. Estabelecer o nexo causal entre a exposição aos agrotóxicos potencialmente cancerígenos e o desenvolvimento de câncer nem sempre é possível e, em muitos casos, a doença instalada pode simplesmente não ser relacionada ao agente causador no momento do diagnóstico.
Além disso, o câncer caracteriza-se por ser de origem multifatorial, e os mecanismos que interferem na carcinogênese são muitos. Dentre estes fatores, a exposição aos agrotóxicos pode ser considerada como uma das condições potencialmente associadas ao desenvolvimento do câncer, por sua possível atuação como iniciadores - substâncias capazes de alterar o DNA de uma célula, podendo futuramente originar o tumor - e/ou como promotores tumorais - substâncias que estimulam a célula alterada a se dividir de forma desorganizada (Koifman & Hatagima, 2003).
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) vem revisando diversos produtos, entre eles agrotóxicos, de acordo com o potencial carcinogênico para a espécie humana.

Recomendações para o uso de agrotóxicos:
  • Não comer, beber ou fumar durante o manuseio e aplicação do(s) produto(s).
  • Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), conforme indicação do produto a ser utilizado.
a.                   Caso não possua EPI, o agricultor deve usar roupa destinada somente para aplicação ou manuseio. Indispensável o uso de luvas impermeáveis e botas de borracha.
b.                  Trocar e lavar as roupas de proteção separadamente de outras roupas não contaminadas.
c.                   Tomar banho imediatamente após o contato com os agrotóxicos.
  • Não manusear os agrotóxicos com as mãos desprotegidas.
  • Não desentupir bicos, orifícios e válvulas dos equipamentos com a boca.
·         Quando aplicar os agrotóxicos, observar a direção dos ventos (não aplicar contra o vento). Não aplicar os produtos na presença de ventos fortes. Não aplicar os produtos nas horas mais quentes do dia.
·         Manter as embalagens de agrotóxicos adequadamente fechadas, em local trancado, fora da casa e longe do alcance de crianças e animais. Não reutilizar as embalagens vazias. As embalagens vazias devem ser encaminhadas aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridas, observando as instruções de rótulos e bulas.