sexta-feira, 27 de abril de 2012

ESTUDO CONFIRMA QUE REMÉDIO PARA DIABETES LEVA À PERDA DE PESO

Uma revisão de estudos publicada no periódico "British Medical Journal" confirma a eficácia do remédio Victoza (liraglutida) para a perda de peso. A droga é indicada para o tratamento de diabetes.
O benefício foi observado em pacientes acima do peso ou obesos. A perda de peso média foi de 3 kg em 20 semanas. O medicamento também provocou a redução da pressão arterial e dos níveis de colesterol.
O remédio usa uma versão sintética do hormônio GLP-1, produzido no intestino delgado. É indicado para pacientes com diabetes tipo 2 por causa de sua capacidade de regular os níveis de açúcar no sangue.
O hormônio atua no cérebro, reduzindo a fome. Age também no trato digestivo, retardando o esvaziamento do estômago e a movimentação da comida nele (o que aumenta a saciedade). Entre os diabéticos, a perda de peso em pesquisas foi de 7 kg.
É por causa desses efeitos que os pesquisadores da Universidade de Copenhague investigaram os resultados da liraglutida para a perda de peso e analisaram 25 estudos envolvendo mais de 6.000 pacientes.
A conclusão é que os pacientes que receberam o medicamento por pelo menos 20 semanas perderam mais peso do que os participantes que não tomaram o remédio. O benefício foi observado em pacientes com e sem diabetes tipo 2, mas pode ser ainda maior em quem não tem a doença, segundo os autores.
Os efeitos colaterais mais comuns foram náusea, vômito e diarréia, mas não pareceu afetar o número de pacientes que desistiu do estudo, o que sugere que, em geral, a satisfação dos pacientes com o tratamento foi bastante alta.
Mas ressalvas sobre falta de comprovação de segurança para não diabéticos continuam. Para os autores do estudo, o tratamento com o medicamento deve ser indicado apenas para pacientes com diabetes obesos ou acima do peso e mais estudos são necessários para elucidar os efeitos da liraglutida no tratamento de pacientes sem diabetes.
No editorial que acompanha o estudo, o professor Raj Padwal, da Universidade de Alberta, no Canadá, afirma ainda que, apesar dos resultados, os benefícios mostrados no estudo não devem mudar a prática médica. Além disso, mudanças na dieta e no estilo de vida continuam sendo a base do tratamento de diabetes tipo 2.
Padwal diz ainda que a segurança da droga ainda é desconhecida e que novos remédios como esse devem ser vigiados de perto e de forma contínua.
http://www1.folha.uol.com.br/

quinta-feira, 12 de abril de 2012

AGRICULTOR NÃO TEM ACESSO A 50% DOS AGROTÓXICOS REGISTRADOS

Cerca de 50% de todos os agrotóxicos registrados no Brasil não são colocados à disposição dos agricultores. É o que apontam os dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (11/4), durante 2º Seminário Mercado de Agrotóxicos e Regulação, em Brasília (DF).
Além disso, 24% das empresas de agrotóxicos instaladas no Brasil não produziram, nem comercializaram nenhum produto durante a última safra. “Além de apontar para uma estratégia de reserva de mercado, essa prática representa uma perda para os agricultores, que são privados de ter acesso aos produtos registrados”, afirma o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.
Outro ponto destacado no estudo é que 53% das empresas de agrotóxicos instaladas no Brasil não possuem fábrica.  “São empresas que atuam como verdadeiros escritórios de registro, sendo responsáveis pelo aumento do entulho burocrático, sem agregar nenhum benefício para a sociedade”, constata o diretor da Agência.
Na avaliação do coordenador do Observatório da Indústria de Agrotóxicos, Victor Pelaez, o registro de um produto agrotóxico agrega valores intangíveis ao patrimônio das empresas. “O registro é a menor barreira para a entrada de produtos no mercado, tendo em vista que a estrutura deste mercado não muda”, ponderou Pelaez.

Perfil
Na última safra, que envolve o segundo semestre de 2010 e o primeiro semestre de 2011, o mercado nacional de venda de agrotóxicos movimentou 936 mil toneladas de produtos. A produção gerou 833 mil toneladas de agrotóxicos e a importação foi de  246  mil toneladas de produtos.
Os dados apontaram, ainda, que 90% da produção nacional de agrotóxicos foram de produtos formulados, ou seja, agrotóxicos prontos para serem utilizados na agricultura. Os outros 10% corresponderam a produtos técnicos, que são os ingredientes utilizados na formulação dos agrotóxicos. “Isso significa dizer que a grande maioria das indústrias de agrotóxicos instaladas no Brasil apenas envasam matéria prima vinda de outros países”, explica o diretor da Anvisa.
De acordo com a pesquisa, existem uma concentração do mercado de agrotóxicos em determinadas categorias de produtos. Os herbicidas, por exemplo, representaram 45% do total de agrotóxicos comercializados. Os fungicidas foram 14% do mercado nacional, os inseticidas 12% e as demais categorias de agrotóxicos 29%.
Quando comparadas às vendas por ingredientes ativos, o glifosato lidera o ranking, com uma fatia de 29% do mercado brasileiro de agrotóxicos. Já o óleo mineral possui 7% e o 2,4D e atrazina 5% cada.
O estudo divulgado pela Anvisa analisou a movimentação de 96 empresas de agrotóxicos instaladas no Brasil, que juntas representam quase 100% do mercado nacional.  Atualmente, existem 130 empresas de agrotóxicos no país.

Concentração
No Brasil, as dez maiores empresas de agrotóxicos foram responsáveis por 75% do mercado de venda, na última safra. No que diz respeito à produção, esse índice cai para 65%.  “Trata-se de um mercado extremamente polarizado e de difícil espaço para concorrência”, comenta Álvares.
Outra tendência apontada na pesquisa é a de que o mercado brasileiro de agrotóxicos se estrutura de tal maneira que as dez maiores indústrias não competem entre si. “Mesmo no caso em que as patentes estão vencidas, tirando raras exceções, as empresas focam a produção em agrotóxicos com ingredientes ativos que não são comercializados pelas demais empresas, o que gera uma espécie de monopólio sobre os produtos”, diz o diretor da Agência.
De acordo com a pesquisa da Anvisa, essa tendência de polarização do mercado também ocorre em escala global. As 13 maiores empresas de agrotóxicos detêm o controle de 83% do mercado mundial do setor.
Segundo o coordenador do Observatório da Indústria de Agrotóxicos, esse mercado se configura como um oligopólio com elevado grau de concentração. “A própria estratégia oligopolistas estabelece cooperação entre as empresas que já estão no mercado e barreiras para as que estão de fora”, concluiu Pelaez.

Mercado mundial
Enquanto, nos últimos dez anos, o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o mercado brasileiro cresceu 190%. Em 2008, o Brasil passou os Estados Unidos e assumiu o posto de maior mercado mundial de agrotóxicos.
Em 2010, o mercado nacional movimentou cerca de U$ 7,3 bilhões e representou 19% do mercado global de agrotóxicos. Já os Estados Unidos foram responsáveis por 17% do mercado mundial, que girou em torno de U$ 51,2 bilhões.
http://portal.anvisa.gov.br/

quarta-feira, 4 de abril de 2012

GINÁSTICA ''BRECA'' DECLÍNIO FÍSICO EM IDOSO

Praticar exercícios físicos regularmente, pelo menos 150 minutos na semana, garante estabilidade física ao idoso por 15 anos, com manutenção da força, do equilíbrio e da flexibilidade - habilidades que começam a entrar em declínio já a partir dos 50 anos. Essa é a conclusão de um levantamento do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs) que foi iniciado em 1997 e concluído no final de 2011, após mais de 5 mil avaliações.

Os dados colhidos ao longo do período passaram a compor um grande banco de dados a partir do qual os pesquisadores desenvolveram critérios de avaliação física voltados especificamente para idosos. Outro resultado dos 15 anos de coleta de informações foi o desenvolvimento de um programa de exercícios especial para esse público: o Senior Fit, que propõe um revezamento entre atividades aeróbicas, de força, de equilíbrio e de flexibilidade.

A proposta é que o idoso faça uma atividade orientada por profissionais três vezes por semana e que pratique exercícios em casa nos outros quatro. A Organização Mundial da Saúde recomenda, com base em estudos científicos, que o idoso dedique pelo menos 150 minutos a atividades físicas por semana. As informações são do Jornal da Tarde.
http://noticias.uol.com.br/

CONSUMIR SOJA PODE TRAZER RISCOS A PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA

Mulheres que consomem soja quando adultas e sofrem de câncer de mama correm o risco de se tornar resistentes a um remédio usado no tratamento da doença, segundo estudo publicado nos Estados Unidos na última segunda-feira (2).

Um estudo com ratos de laboratório fêmeas mostrou que aquelas alimentadas com soja durante toda a vida responderam bem ao medicamento tamoxifeno, popularmente usado no tratamento do câncer de mama, enquanto as que começaram a comer soja quando adultas e após terem desenvolvido câncer mostraram uma resistência a ele.

A pesquisa dá indícios das possíveis razões pelas quais o tamoxifeno para de funcionar e permite que os tumores se reproduzam novamente em algumas mulheres, explicaram os cientistas da Universidade Georgetown, que apresentaram suas conclusões em uma conferência em Chicago.
"Os resultados sugerem que as mulheres ocidentais que consumiram soja quando adultas deveriam deixar de fazê-lo ao ser diagnosticadas com câncer de mama", disse a principal autora do estudo, Leena Hilakivi-Clarke, professora de oncologia em Georgetown.

A soja contém isoflavonoides que imitam a produção de estrogênio no corpo, só que em níveis muito baixos, e é considerada fonte de proteína saudável, encontrada em comidas como o tofu, o misô, os grãos e o leite de soja.

Seus benefícios potenciais contra o câncer de mama estão vinculados aos baixos níveis de receptores hormonais positivos vistos em mulheres asiáticas, que vivem em locais onde é comum o consumo de soja.

Visto que o tamoxifeno é comumente prescrito a pacientes que sofrem de câncer de mama de receptor hormonal positivo, as conclusões do estudo indicam que a adoção de uma dieta rica em soja na fase adulta da vida poderia anular o efeito deste tratamento.

O estudo foi apresentado no encontro anual da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer (AACR, na sigla em inglês).
http://noticias.uol.com.br/

ESCLEROSE MÚLTIPLA PODE SER CAUSADA PELO "VÍRUS DO BEIJO"

Reforçando algumas teorias já existentes, um novo estudo mostrou que a esclerose múltipla, doença crônica que afeta as funções neurológicas, pode ser causada por uma infecção viral. O responsável é o vírus Epstein-Barr, o mesmo que causa a mononucleose, conhecida como "doença do beijo". 

Como esse tipo de vírus é transmitido pela saliva (daí o apelido), a maioria das pessoas são infectadas em algum momento da vida, porém não sofrem qualquer sintoma ou consequência. De acordo com a nova pesquisa, em alguns casos o Epstein-Barr atinge algumas células do sistema imunológico, podendo levar ao aparecimento da esclerose múltipla e de até alguns tipos de cânceres.

Por meio de uma análise, os cientistas puderam encontrar o vírus escondido entre as células cerebrais de pessoas afetadas pela doença. Mesmo quando não está se multiplicando, o vírus Epstein-Barr é capaz de mandar moléculas infectadas para várias áreas do cérebro, causando os sintomas clássicos da esclerose múltipa, tais como fraqueza muscular, rigidez nas articulações, falta de equilíbrio, tremores e formigamentos pelo corpo.

Os pesquisadores, porém, afirmaram em comunicado oficial serem necessárias mais pesquisas para saber se o Epstein-Barr é a única causa da doença. De qualquer modo, a descoberta já suscitou novos estudos sobre as diferentes manifestações da esclerose múltipla e as formas de tratamento mais eficientes para os que sofrem com o problema.
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/1,,EMI288650-17770,00.html

ÁLCOOL NA GRAVIDEZ E AS CONSEQUÊNCIAS PARA O BEBÊ

Um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, mostra que bebês cujas mães ingeriram álcool quando estavam grávidas demoram mais para reagir à dor. O autor do experimento, o neuropediatra Tim Oberlander, furou levemente com uma agulha o calcanhar dos 28 recém-nascidos antes de medir sua frequência cardíaca.

Em seguida, perguntou às mães se haviam ingerido álcool ao longo da gestação. “A frequência cardíaca aumentou mais entre os filhos de mulheres abstinentes. Isso quer dizer que perceberam e reagiram ao estímulo mais rapidamente”, explica Oberlander. Segundo o neuropediatra, experimentos anteriores comprovaram que crianças de mães que beberam durante a gravidez são menos atentas e têm pior desempenho em testes cognitivos. Mas as conseqüências no longo prazo, principalmente sobre o desenvolvimento psicológico, ainda precisam ser esclarecidas.
http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/alcool_na_gravidez_e_as_consequencias_para_o_bebe.html